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Filosofia - Agnosticismo, Saber ou Não Saber?

Quem tem certeza de algo deve saber do que está falando

Agnosticismo é confissão de ignorância

É cada vez mais frequente encontrar alguém que se declare Agnóstico.
Isto não raro causa alguns constrangimentos quando muitos não sabem como se posicionar em relação  ao agnosticismo. Os que recorrem às ferramentas de busca na internet se deparam com as páginas que pretendem explicá-lo e saem delas com a impressão de que esse negócio de agnosticismo seja muito complicado mesmo. Mesmo os que se dizem agnósticos em geral não entendem as implicações filosóficas pertinentes ao significado do agnosticismo.

Alguns equívocos precisam ser desfeitos e mitos em torno do termo devem ser quebrados pelo bem daqueles que estariam sinceramente dispostos ao debate franco.
"Eu sou Agnóstico: não tenho a pretensão de saber o que muitos ignorantes tem certeza que sabem."
 Clarence Darrow

O que o agnosticismo não é


O agnóstico não é “ateísta”. Porque o ateu nutre a certeza do conhecimento de que os deuses não podem existir. Tampouco ele será “teísta” porque o teísta acalenta em seu íntimo a garantia de que Deus(es) existe(m). 
O agnóstico não afirma certezas sobre coisas não observadas. O agnosticismo define um homem desprovido de fé. Alguém que não tem fé nos homens que afirmam conhecer aquilo de que não sabem como explicar ou demonstrar empiricamente.

A ignorância a que se refere o termo agnosticismo em seu sentido literal, remete à postura de quem não aceitam a imposição do consenso comum como definitiva do conhecimento, seja lá em que área do pensamento humano se apliquem, enquanto tais conclusões não puderem ser demonstradas e cientificamente provadas pelo método.

Como se dá então que digam por aí que agnósticos podem ser ateístas ou teístas?


Premissas formam a base de onde partem as presunções do conhecimento sobre qualquer assunto. A despeito de sua importância na formulação das teorias fundamentais, o agnóstico sabe que uma premissa não será verdadeira ou falsa enquanto não se esgotarem todos os recursos necessários à investigação de suas afirmações.

Há quem resuma todo o conhecimento a duas premissas básicas que poderiam levar a finalidade na razão de tudo. A primeira se refere à hipótese de que deuses possam existir enquanto a segunda nega peremptoriamente esta possibilidade.

- Existem os que se dedicam a investigar a plausibilidade dos argumentos que defendem a existência de uma força inteligente que a tudo rege e o agnóstico que optar por este caminho estaria disposto a por a prova tudo o que pareçam apoiar tal possibilidade, sem no entanto se apegar a nada. O agnóstico que fala da possibilidade da existência de deuses, como objeto de seus estudos, poderá então ser confundido com um “teísta”.

- No segundo caso existem os que optam por se concentrar nos argumentos que pretendem sustentar a inexistência de deuses, colocando cada um deles à prova. Se aprofundando nesta análise, o agnóstico se referirá  aos argumentos usados na fundamentação da premissa da não existência de deuses com mais frequência, dando margem a que digam se tratar de um ateu. 

Não é raro acontecer de o agnóstico se dedicar mais a um conceito que ao outro, conforme a escolha que fizer no princípio de sua busca. No entanto o agnóstico que se perder num destes caminhos, se deixando convencer pelos argumentos de parte a parte, fatalmente deixará de ser agnóstico ainda que insista em continuar a usar o termo para definir-se.

Opostos que se atraem

O agnóstico não terá uma postura que se oponha ao conhecimento. Poderá mesmo aceitar alguns pontos como parte do todo, mas dificilmente como definitivos de tudo. Não tendo uma postura negativa para com o conhecimento, não se pode afirmar que agnósticos que partam de premissas diferentes sejam filosoficamente adversários. Pelo contrário, os dois tipos, independente da linha de raciocínio que tenham escolhido seguir, terão em comum a suspeita de que nada do que costumam afirmar a respeito possa ser tomado como expressão do conhecimento. E é esta desconfiança que os une sob uma mesma definição. Não são teístas nem ateístas. São agnósticos.

Afinal, o que é agnosticismo?

O agnóstico será aquele que tem consciência de sua ignorância da razão de tudo, enquanto desconfia de quem diga saber aquilo que ele mesmo não sabe. Pode se contentar por continuar sem saber, decidindo que saber ou não não faz diferença para sua vida prática. Ou pode passar sua vida questionando as diferentes acepções que pretendam afirmar o conhecimento baseado em premissas conflitantes, sem talvez nunca chegar a algo conclusivo.

Ou pode ainda se render aos apelos das verdades inferidas, fazendo opção por acreditar numa ou várias delas, concluindo que os indícios encontrados sejam definitivos, uma vez que aceite a impossibilidade dos argumentos em contrário. 

No último caso porém, deixará finalmente de ser agnóstico.
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